
A Dasa, uma das maiores redes de medicina diagnóstica do país e controlada pela família Bueno, anunciou movimentos relevantes de desinvestimento que fortalecem sua estratégia de redução de alavancagem financeira.
A companhia vendeu sua operação na Argentina para o Swiss Medical Group, grupo verticalizado de saúde, em uma transação de US$ 116 milhões (cerca de R$ 615 milhões). Além disso, concluiu a venda da Mantris, empresa de gestão de saúde empresarial, para a brasileira Blackbelt, especializada em gestão financeira, por R$ 90 milhões.
No total, as duas operações adicionam R$ 705 milhões ao caixa da Dasa, reforçando a prioridade atual da companhia: disciplina de capital e redução de endividamento.
Detalhes das transações
Os ativos vendidos na Argentina incluem os laboratórios Maipú e Labmedicina, que possuem 27 unidades em Buenos Aires e região metropolitana. Juntas, essas operações geram uma receita anual de aproximadamente R$ 500 milhões e um Ebitda de R$ 115 milhões, representando menos de 4,4% do faturamento total da Dasa. O pagamento será feito integralmente à vista.
Esse movimento se soma a outras iniciativas de portfólio já realizadas, como a venda da corretora de seguros em 2023 (R$ 255 milhões) e a criação de uma joint venture com a Amil no segmento hospitalar, reforçando o foco da companhia em medicina diagnóstica como core business.
A visão da O2 Capital Thinking
Na perspectiva da O2, a operação reflete um padrão crescente de reestruturação estratégica em grandes grupos de saúde, onde a disciplina de capital, a priorização de negócios core e o foco em rentabilidade sustentável tornam-se cada vez mais centrais para atrair investidores e fortalecer o posicionamento de mercado.
Movimentos como esse não apenas aliviam a alavancagem no curto prazo, mas também reposicionam a companhia para oportunidades futuras de M&A, com um perfil mais enxuto, focado e sexy para potenciais parceiros estratégicos e investidores financeiros.
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